sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O não-lugar na globalização

  Se o shopping é um não lugar, o que é o site Submarino? Antes, gostaria de destacar o que são não lugares: "Não lugares são a medida da época; a medida quantificável e que se pode tomar adicionando, ao preço de algumas conversões entre superfície, volume e distância, as vias aéreas, ferroviárias, das auto-estradas e os habitáculos móveis ditos ‘meios de transporte’ (aviões, comboios, autocarros), os aeroportos, as gares e as estações aeroespaciais, as grandes cadeias de hotéis, os parques de recreio, as grandes superfícies da distribuição”. Bom, sabendo que por exemplo um carro é um não-lugar, por ser caracterizado como um meio de transporte, um shopping é um não-lugar pois não há interações humanas, e sim de fluxo de capitais, ou seja, o inferno da modernidade.
   Bom e o site submarino, ou mercado livre, ou qualquer lugar não lugar na internet são "coisas" facilitadoreas, são instrumentos, ferramentas para efetuarmos uma compra. Por que? Se faz necessário incluirmos um caipira na discussão, um Indio, um caboclo, um mendigo que seja, como por exemplo um caipira regulado pelo horário biológico, do mato, entrará num Face, ou Orkut, ou isso aqui mesmo, um blog. O não-lugar dessas pessoas são os nossos lugares na globalização, infelizmente. O lugar de um Índio, é a sua aldeia, sua oca, seu rio, sua floresta, não um carro, um shopping, um site como submarino.
  Se faz necessária a discussão sobre pra quem serve? ou por que? ou para pra que serve, toda essa parafernária, caracterizada como globalização, se o o Indio não participa. Bom vale lembrar que eles são não-pessoas, não-humanos em Sim-lugares, e nós cibernéticos, no ciberespaço. E tem mais...

Um comentário:

  1. filho do cão!
    escreve no blog mas nos meus e-mails não!
    fica com um abraço cheio de revolta fingida!

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